quarta-feira, 20 de abril de 2011

educação a distância

O que é educação à distância (EAD)?

Por: Valdivino Alves de Sousa 1.O que é educação à distância (EAD)?
De acordo com a legislação educacional brasileira, "educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação."(definição que consta no Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o art. 80 da LDB lei n.º 9.394/96.).

1.1 A evolução na educação à distância no Brasil, sua legislação segundo o que rege a LDB. As tecnologias telemáticas que permitem uma rápida comunicação entre professores e alunos.

Justificativa: A educação à distância, surge na Alemanha em 1890. A seguir, inúmeros países adotam o ensino a distância como uma opção a mais para ministrar cursos em nível médio, técnico, universitário e, de pós-graduação. A lnglaterra, foi o primeiro país a instituir a "Universidade Aberta",verdadeiro marco de vanguarda no ensino superior a distância.

2. VISÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Desde a Antigüidade constatam-se iniciativas de intercambiar informações, de veicular orientações, instruções entre pessoas ou cidades dedicam à modalidade da educação a distância. Tanto na Grécia como, posteriormente, em Roma, as pessoas comunicavam-se através de correspondência (correio), com o intuito de troca de informações sobre o cotidiano privado e/ou da comunidade, transmitindo informações, notícias úteis ao desenvolvimento econômico e social das comunidades. No entanto é na modernidade que se manifestarão as primeiras iniciativas de ensinar determinados saberes sem a relação presencial entre o preceptor (professor) e o aprendiz (aluno).

Por volta de 1728, a Gazeta de Boston (EUA) publicou um anúncio de autoria do professor Cauleb Philips em que dizia: “Toda a pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston” (SARAIVA, p.18). O Curso era o de taquigrafia. Mas foi no século XIX na Europa que o ensino por correspondência vai caracterizar-se como a primeira geração de procedimentos de ensino a distância. Segundo em 1883 na Suécia registrou-se a primeira experiência de um curso de contabilidade por correspondência.

Na Inglaterra (1840) Issac Pitman resume os princípios da taquigrafia em cartões postais que trocava com seus alunos. A “Phonografic Corresponding Society” foi criada na Inglaterra em 1843. Os alemães fundaram o primeiro Instituto de Ensino de Línguas por correspondência por iniciativa de Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt. Nos EUA por volta de 1873, Anna Eliot Ticknon funda a “Society to Encourage Study at home” e na Pennsylvania, Thomas J. Foster cria um curso sobre medidas de segurança no trabalho de mineração (International Correspondence Institute). No mesmo ano de 1891, a Universidade de Wisconsin passa a ofertar, em nível de extensão, cursos pelo correio. (SARAIVA, p.18). No início do século, mais precisamente no final da Primeira Guerra Mundial, houve procura muito grande por escolarização na Europa Ocidental, tendo em vista a falência dos Estados nacionais, a falta de Segundo recursos e a dispersão espacial dos demandantes, o que impulsionou a necessidade da institucionalização de um ensino a distância. (p.37) a URSS em 1922 criava um sistema de ensino por correspondência para assegurar a formação dos trabalhadores que, em dois anos, atendeu em torno de trezentos e cinqüenta mil estudantes.

Até a Segunda Guerra Mundial várias experiências foram adotadas, desenvolvendo-se melhor as metodologias aplicadas ao ensino por correspondência que, depois, foram fortemente influenciadas pela introdução de novos meios de comunicação de massa, sobretudo o rádio (...) (NUNES, s/d, p 7). Você encontrará no capítulo I do livro de Garcia Aretio “La Educacion a Distancia e la UNED”, um resumo cronológico dos principais eventos que fizeram os primórdios do ensino a distância no mundo e, no capítulo X, uma lista das mais destacadas organizações e redes internacionais que se dedicam á modalidade da educação à distância.

3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

Nos últimos dez anos assistimos a uma dramática e intensa internacionalização da economia, da comunidade e de informações que atividades. inovações constantes têm ocasionado repercussões definitivas no progresso científico e tecnológico, sem contudo dar conta da problemática da sociedade, cada vez mais desigual. Uma das questões presentes nas discussões é o novo tipo de associação entre ensino, educação e aprendizagem: emerge daí uma dubiedade de conceitos entre formar e informar, treinar, educar, ensinar e aprender, fato este que amplia a responsabilidade dos docentes nas instituições educativas em seus diferentes níveis (DEMO 1998). Freqüentemente Ensino a Distância e Educação a Distância são utilizados como sinônimos, no contexto do processo de aprendizagem.

Ensino e educação são sinônimos? Tente diferenciar.

Segundo Maroto (1995), enquanto ensino expressa treinamento, instrução, transmissão de informações etc. a educação é estratégia básica de formação humana, isto é, aprender a aprender, criar, inovar, construir conhecimento, participar etc. É importante termos claro que concepção filosófico-política de educação vamos adotar na organização, planejamento e desenvolvimento de projetos educativos na modalidade de educação a distância. Antes de explicitarmos algumas concepções (definições) de Educação a Distância (EAD), é necessário conceber com clareza o fenômeno educativo. Luckes (1990), trabalha com três vertentes filosófico-políticas de educação. A primeira “vertente” é chamada de concepção redentora, porque a compreende Como manifestação social que objetiva formar a personalidade dos indivíduos, desenvolver suas habilidades e inculcar valores éticos julgados necessários à manutenção da vida em sociedade.

A educação deverá promover a adaptação do indivíduo a uma sociedade entendida como organicamente harmoniosa, reforçando os laços entre os indivíduos, promovendo a coesão social e a integração de todos (Idem, p.38).
Esta concepção de educação acredita no “poder” absoluto para interferir nos destinos da sociedade, curando-a, redimindo-a etc. É otimista em relação à determinação da educação sobre o conjunto da sociedade, não percebe nem compreende criticamente o fenômeno educativo (p.49).

A interpretação ou compreensão da educação como da sociedade implica entendê-la como elemento da própria sociedade, determinada por seus condicionantes econômicos, sociais e políticos, portanto a serviço dessa mesma sociedade e de seus determinantes. Ela é denominada reprodutivista, porque, embora seja crítica, no sentido de situar a educação (escolar ou não escolar) como um fenômeno histórico-social e, portanto, fruto de condições políticas, econômicas e culturais, diz que ela reproduz cultural e ideologicamente as condições materiais e espirituais de uma dada sociedade. Trocando em miúdos, a educação não é percebida enquanto práxis contraditória e nas suas possibilidades de contribuir para a transformação social. Ela apenas reproduz e perpetua as condições sociais.

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