domingo, 24 de abril de 2011

fonte http://pedagogiaemfoco.pro.br/ead01.htm

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA



Educação a Distância Virtual
uma educação próxima e real


José Luiz de Paiva Bello
Rio de Janeiro, 2000.


A prática da educação a distância, que também está sendo chamada de EAD, não é uma novidade na didática. Curso por correspondência é uma prática antiga da nossa educação. Além disso existem outros tipos de curso a distância onde ou o professor se desloca para estar em contato com os alunos, podendo ser nos fins de semana, ou por toda a semana, ou por um período maior de tempo, ou, por outro lado, os alunos se deslocam para assistir as aulas também num período de tempo.
Com a recente criação e rápida expansão da Internet a questão da Educação a Distância passa a ter uma nova configuração. A Internet, diante de sua multiplicidade de aplicação, vem causando arrepios em muitos profissionais da educação. Mesmo muitos daqueles que já "navegam" por esta rede mundial de informações ainda temem em relacionar a Internet a Educação. É tudo muito novo nesta área para a maioria dos professores.
No entanto, como educadores, não podemos mais nos distanciar desta máquina que dia a dia vem tomando conta da vida de todos nós. Quando falamos de computador não estamos nos referindo a máquina de ensinar de Skinner, nem a instrução programada. O computador representou um considerável avanço na cibernética, permitindo que seres humanos e máquinas possam travar um diálogo que, em última instância, não deixa de ser um diálogo entre indivíduos, já que o computador e suas ações são programadas pelos mesmos seres humanos.
Em quase todas as áreas profissionais o computador vem tomando um espaço de suma importância. Na Medicina vários exames são feitos utilizando-se de um computador. No Direito os advogados já podem acompanhar a evolução de seus processos sem ter que correr pelos corredores do Forum. Também na Engenharia, Arquitetura, Odontologia etc., o computador passa a ser uma ferramenta indispensável. Parece que somente na Educação a Informática ainda não conseguiu assumir um papel que venha revolucionar a Didática tradicional. As aulas presenciais e expositivas ainda predominam entre os muros da instituição escolar. E coitado do professor que sugira a seus pares, colegas professores, o desenvolvimento de uma Didática baseada na Informática. Por que será?
A dificuldade na implantação do Ensino a Distância, via Internet, pode estar relacionada ao valor que é dado à figura do professor e, por conseqüência, à aula presencial. Parece que o conceito moderno de educação, de que "o professor não ensina, mas ajuda ao aluno aprender", não vem sendo bem aceito nos meios educacionais. Parece que o mito professor continua forte, sendo a única justificativa para a aprendizagem do aluno. Parece que sem a figura do professor o aluno está impedido de aprender. Parece que os professores desejam continuar como donos de um saber que, até mesmo graças a Internet, hoje é acessível a todos com facilidade.
A figura do professor, como técnico da educação, continua sendo desprezada pelo professor de conteúdo, especialista. É como se os professores quisessem garantir um espaço de trabalho valorizando o mito de que sem o saber conteudista do professor o aluno não tem como nem o que aprender. Parece, então, que ainda é desejo dos professores manterem-se como a estrela mais brilhante da constelação escolar.
A Pedagogia moderna diz que quanto mais discreto o professor, melhor será o desempenho do grupo com o qual ele está trabalhando. Quem não conhece as salas de aula montessorianas em que a presença física do professor desaparece no meio dos alunos? E as aulas ministradas em dinâmica de grupo onde o professor tão somente conduz a atividade, mas são os alunos que trabalham? O professor Lauro de Oliveira Lima chega a sugerir que a função do professor deveria ser semelhante a do técnico do time de futebol, que coordena a ação dos jogadores, mas não joga.
A Informática e a Internet chegam ao mundo para atrapalhar o professor tradicional que pede aos alunos a elaboração de trabalhos baseados em temas pré-selecionados por eles mesmos. Já existem vários sites na rede que oferecem trabalhos prontos das mais diversas áreas. É o que vem sendo chamado de "cola eletrônica". Se antes o problema era que num grupo de cinco alunos, apenas dois faziam o trabalho e os outros três só assinavam, agora somente um busca na Internet, imprime e os outros quatro assinam felizes o trabalho. Depois são aprovados como se seu rendimento escolar tivesse sido excelente, quando, na verdade, passaram pela disciplina sem ter entendido nada.
Se a Internet atrapalha o professor tradicional, para o professor preocupado com o efetivo progresso de seus alunos, ela é um instrumento real, atual e de vital importância no processo de aprendizagem. A quantidade de informações contidas nesta rede mundial é interminável. Agora mesmo, neste exato momento em que escrevo esta frase, milhares de informações circulam de um lugar para outro. Isso sem contar a possibilidade de acesso a qualquer biblioteca do mundo, ou, em último caso, a milhões de livrarias virtuais espalhadas por todo o mundo. Comprar um livro nos Estados Unidos ou na França, hoje em dia, e sem sair de casa, é uma coisa extremamente fácil.
Na verdade, neste ano 2000, o computador está vivendo a mesma história do início da televisão. Logo que foi lançada apenas poucos lares tinham o aparelho para captar o sinal. Alguns chegaram a dizer que a televisão não iria vingar, já que a força de penetração no povo representada pelo rádio era muito grande. Hoje, cerca de 50 anos depois, a televisão tornou-se um aparelho presente em praticamente todas as casas.
O computador ainda engatinha. Ainda é um aparelho para uns poucos, em função do preço, mas a cada dia torna-se mais popular. Quando não há possibilidades para se adquirir a máquina para uso pessoal, muitos a tem usado nos laboratórios das instituições de ensino ou em alguma associação. Possuir um endereço eletrônico não é mais um privilégio daqueles que são proprietários de uma máquina. Nem mesmo ter acesso à Internet está restrito aos possuidores de um computador e de um provedor.
Manchete de notícias retiradas de O Globo, de 8 de maio de 2000, no caderno de informática, nas páginas 2 e 3:




O computador vem tomando na educação um espaço que não pode ser desprezado. Nos países mais adiantados e para aquelas instituições com maior poder aquisitivo o computador já é utilizado como meio de ensino. Vejam esta notícia da revista Veja, de 10 de maio do ano 2000, na página 164:


Ah! Vocês vão dizer: "mas isso é nos Estados Unidos!" Ora, mas se já chegou lá é porque um dia vai chegar aqui. O conceito e o sentimento de subdesenvolvimento está ultrapassado. Se eles podem, qualquer outro pode também. Basta que se compreenda, perca-se o medo, que se dê a devida importância e se objetive a realização. Se não houver interesse, aí sim, nunca acompanharemos na prática a evolução tecnológica e ficaremos marcando passo numa história ultrapassada.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Educação a Distancia

O que é educação a distância?

1
Walesson Gomes · Belo Horizonte, MG
16/4/2007 · 17 · 2

O que é educação? Poderíamos dizer que educação é um processo contínuo, que se desenvolve a vida inteira, independentemente de ambiente escolar.
E o que é educação a distância?? Para que serve? Qual sua necessidade? O aluno realmente aprende?
Estes questionamentos têm como objetivo nos levar a uma reflexão, abordando pontos como; o sistema de ensino, a cultura do brasileiro. Relacionando-os com bases da educação na modalidade (EAD). Enfim, compreender a forma de ensino dentro de um contexto sócio-cultural.
Com esse mundo “globalizado”, o novo milênio nos adverte. A escola guarda com sigo o problemas muito antigos que dificultam seu desenvolvimento e modernização.
A sociedade está cada vez mais competitiva e novas tecnologias tomam conta do mercado. Com isso, surge a educação a distância, que não é uma maneira mais rápida de ascensão profissional e ou social. Mais, sim uma maneira mais flexível de estudar, onde o aluno faz o seu tempo, de acordo com suas necessidades. É um sistema educacional previsto na Lei 9394/96, e sendo um docente nesta modalidade de ensino, posso afirmar que é um sistema tão comprometido com a qualidade dos conteúdos lecionados à seus educandos; quanto o sistema educacional regular; tradicional.
A proposta desta contribuição, é devido uma preocupação que surge enquanto professor. Pois, percebo que meus alunos, (a grande maioria) não estão preparados para essa realidade; a cultura do brasileiro ainda é voltada para o sistema tradicional de ensino. Portanto, muitos acreditam que o ead é só mais uma forma das universidades e faculdades atraírem mais fácil clientes. Acredito que essa idéia surge uma vez que é mais comum o ead nas unidades de ensino privadas que nas públicas. Essa afirmativa dos educandos vem a confirmar minha teoria,pois, fica claro o despreparo destes, que não conhecem nem a LDB.
É um desafio muito grande avaliar a conduta desses alunos, pois cada um tem sua história e sua formação de valores.
O fato é que as propostas de ensino são criadas e não se pensa no aluno, não se preocupa em como isso será aceito,; não se prepara muitas vezes os próprios docentes para trabalhar com esses alunos.
É necessário toda uma nova metodologia, pois, o contato docente / discente no sistema ead é bem mais frio, é muito distante.
Concluindo: estamos apenas dando os primeiros passos no sentido de familiarizar o sistema de ensino a distância, essa nova realidade educacional, aos brasileiros. É uma necessidade fazé-lo, fundamentando mais as críticas com o intuito de melhor preparar o aluno do ensino médio para modalidade.
A educação precisa ser uma prioridade, o ead foi um avanço, um instrumento de ação contra a exclusão, só precisamos melhor preparar esses alunos inseridos no sistema ead, pois, muitos deles inseridos no mercado de trabalho, serão docentes dos anos iniciais.


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bigatrice

educação à distância!
;)

bigatrice · Rio Grande, RS 15/4/2007 01:32

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Característica da Educação a Distância

Ao contrário do que pode parecer, a educação a distância não é uma modalidade historicamente recente.

O primeiro registro desse tipo de ensino data de 1833, na Suécia. No Brasil, a educação a distancia foi oferecida por instituições privadas internacionais em 1904.
Os principais países que utilizam essa modalidade de educação são França, Espanha e Inglaterra.

As principais características da Educação a distancia no Brasil são:

- Alunos e professores não ocupam o mesmo ambiente/espaço físico e tempo.

- Comunicam-se de várias formas, através de materiais impressos, e de recursos tecnológicos como a internet, os vídeos e as vídeo conferências. Fazem uso das chamadas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)

- O aluno é o maior responsável pela aprendizagem.

A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular. No ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação.

Além do ensino fundamental e médio, os cursos oferecidos podem ser também de ensino técnico nível médio ou de educação superior a distancia.

O governo federal, através do MEC é o responsável por autorizar a abertura de cursos de Educação a Distancia. É nesse momento, sobretudo, que a qualidade da proposta é avaliada.

O Ensino a distancia tem um vasto campo a explorar, porém, as metodologias utilizadas ainda estão em processo de teste, e ainda não há uma maneira de diferenciar o elemento principal da educação: o aluno, que nessa modalidade de educação não tem o seu contexto considerado. Mesmo por que, a filosofia do ensino a distancia é o construtivismo.


O que é Educação a Distancia

Falar sobre a Educação a Distancia no Brasil é, ainda hoje, um ato de muita coragem. São vários os trabalhos sobre este tema, mas a resistência a ele tem, necessariamente, uma base cultural bastante forte.

A historia da educação formal no país tem seus fundamentos a partir de um ensino cujos objetivos foram, quase sempre, o privilégio a determinados segmentos da população. ROMANELLI ( 1978), em um dos estudos mais significativos acerca da historia da educação brasileira, aponta o caráter elitista da mesma. Vamos transcrever aqui uma parte de seu texto, ainda que seja uma transcrição extensa, é importante “localizarmos” a problemática a que nos referem .

Apesar das mudanças econômicas, políticas e sociais, a educação formal no Brasil segue seu ritmo, ou seja, mantendo a seletividade e a exclusão daqueles que na verdade mais necessitam dela.

Tratar, então, da Educação a Distancia, significa trabalhar com um tema que represente romper com um ciclo determinado ha muito tempo. Este rompimento, no entanto, não pode ter em sua base a substituição de sistemas presenciais por sistemas a distância.

Esta afirmação é colocada com um sentido de certa obviedade, já que, em nosso país, propostas de inovações metodológicas são tomadas quase sempre na perspectiva de solucionar problemas de acesso e permanência de alunos nos sistemas de ensino. Assim, não podemos confundir propostas relacionadas a educação a distância e a necessidade de romper o ciclo da seletividade e exclusão dos sistema educacional brasileiro.

A educação a distância tem em sua base a idéia de democratização e facilitação do acesso à escola, não a idéia de suplência ao sistema regular estabelecido, nem tampouco, a implantação de sistemas provisórios, mas em sistemas fundados na Educação Permanente, demanda que a sociedade nos impõe hoje, como forma de superação de problemas relativos ao desenvolvimento econômico e tecnológico que vivenciamos.

Portanto, tratar da educação a distância, não é tratar de algo isolado da educação em geral. Talvez, ao não reconhecermos isto como um fato, faça com que a experiência brasileira com a Educação a Distância se caracterize como um eterno começar.

Desde a década dos anos 70 assistimos às tentativas de organização de experiências em EAD, sem que isto viesse a se consolidar na criação de um sistema de ensino baseado nesta modalidade. Estas experiências tiveram em seu início uma intervenção governamental acentuada, trazendo componentes ideológicos necessários a manutenção do regime militar brasileiro que ocupava naquele momento o poder de estado. Grande parte das resistências a esta modalidade de ensino estão associadas ao regime ditatorial e a difusão dos chamados modelos tecnológicos tão em voga nesta mesma época.

A idéia de desenvolvimento, de crescimento econômico, foram os argumentos utilizados pêlos militares para a reforma educacional de 1972 e, principalmente, para justificar a ampliação das ofertas educacionais, que tinham por base uma formação mínima para o mundo do trabalho, entendido como o mundo da rápida industrialização.

Explicar as bases deste interminável começar da EAD no brasil significa compreender os processos em que se forjaram os programas e as instituições que os criaram e executaram. Para a compreensão disto, vamos, então, fazer uma apresentação cronológica da implantação de programas que se utilizaram da EAD, na tentativa de reconstruir as origens desse caminhar nesta modalidade.

Os programas de EAD podem ser categorizados em três tipos: aqueles destinados à formação geral, à formação de professores e à formação profissional. A apresentação que se segue terá estes dois aspectos: a cronologia e a categorização conforme o fim da formação.

1- Programas de EAD destinados à Formação Geral.

Dentre os programas com o objetivo de formação geral, o Projeto Minerva, foi um dos que teve maior impacto no país.

O Projeto Minerva foi criado em 04 de outubro de 1970 pelo governo federal. Este projeto foi fruto de um acordo entre o Ministério da Educação e o Ministério das Comunicações. Este acordo determinava que a transmissão do Minerva ocorreria em todas as rádios e televisões comerciais ou privadas do país, tendo uma duração de 5 horas semanais.

Este projeto rádio-educativo foi constituído como uma solução a curto prazo aos problemas do desenvolvimento econômico, social e político do país. Tinha como “fundo” um período de crescimento econômico, conhecido como “o milagre brasileiro”, onde o pressuposto da educação era de preparação de mão-de-obra para fazer frente a este desenvolvimento e a competição internacional.

O Projeto Minerva substitui um outro programa pensado e promovido pelo Movimento de Educação de Base (MEB). Este programa era destinado ao desenvolvimento social e a conscientização da população marginalizada e desfavorecida das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Em 1965 a Fundação Educacional e Cultural “Padre Landell de Moura” (FEPLAN) estende a experiência à Região Sul do país. Em 1967 a “Fundação Padre Anchieta”, transmite o programa como uma promoção educativa e cultural, via rádio e TV, para o Estado de São Paulo.

Segundo LIMA (1990), o objetivo do projeto Minerva era o de propor uma alternativa ao sistema tradicional de ensino como formação suplementària à educação continuada. O projeto atendeu aos níveis de 1º e 2º graus através do oferecimento de diferentes tipos de curso:

a- cursos de qualificação para 2º grau. Este programa revisava os conceitos fundamentais da escola de 1º e 2º graus, preparando para o exame de “MADUREZA”. Os cursos compreendiam 5 disciplinas: português, matemática, historia, geografia e ciências e tinha uma duração total de 50 horas.

b- Curso de “MADUREZA” para formação de 1º e 2º graus, com o objetivo de melhorar a escolarização dos estudantes. Tinha uma duração de 125 horas e era precedido de um curso preparatório.

c- Curso de “Moral e Civismo”, tinha por objetivo reforçar o sentimento de nacionalidade. Este curso era composto de 15 sessões de 15 minutos cada uma.

d- Curso de conteúdos básicos em 7 disciplinas voltados para o 1º grau: português, matemática, ciências, estudos sociais, princípios do trabalho, educação sanitária e formação moral e cívica.

Fonte : http:///c:www.nead.unmt.br/index.asp?pag=7
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quarta-feira, 20 de abril de 2011

educação a distância

O que é educação à distância (EAD)?

Por: Valdivino Alves de Sousa 1.O que é educação à distância (EAD)?
De acordo com a legislação educacional brasileira, "educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação."(definição que consta no Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o art. 80 da LDB lei n.º 9.394/96.).

1.1 A evolução na educação à distância no Brasil, sua legislação segundo o que rege a LDB. As tecnologias telemáticas que permitem uma rápida comunicação entre professores e alunos.

Justificativa: A educação à distância, surge na Alemanha em 1890. A seguir, inúmeros países adotam o ensino a distância como uma opção a mais para ministrar cursos em nível médio, técnico, universitário e, de pós-graduação. A lnglaterra, foi o primeiro país a instituir a "Universidade Aberta",verdadeiro marco de vanguarda no ensino superior a distância.

2. VISÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Desde a Antigüidade constatam-se iniciativas de intercambiar informações, de veicular orientações, instruções entre pessoas ou cidades dedicam à modalidade da educação a distância. Tanto na Grécia como, posteriormente, em Roma, as pessoas comunicavam-se através de correspondência (correio), com o intuito de troca de informações sobre o cotidiano privado e/ou da comunidade, transmitindo informações, notícias úteis ao desenvolvimento econômico e social das comunidades. No entanto é na modernidade que se manifestarão as primeiras iniciativas de ensinar determinados saberes sem a relação presencial entre o preceptor (professor) e o aprendiz (aluno).

Por volta de 1728, a Gazeta de Boston (EUA) publicou um anúncio de autoria do professor Cauleb Philips em que dizia: “Toda a pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston” (SARAIVA, p.18). O Curso era o de taquigrafia. Mas foi no século XIX na Europa que o ensino por correspondência vai caracterizar-se como a primeira geração de procedimentos de ensino a distância. Segundo em 1883 na Suécia registrou-se a primeira experiência de um curso de contabilidade por correspondência.

Na Inglaterra (1840) Issac Pitman resume os princípios da taquigrafia em cartões postais que trocava com seus alunos. A “Phonografic Corresponding Society” foi criada na Inglaterra em 1843. Os alemães fundaram o primeiro Instituto de Ensino de Línguas por correspondência por iniciativa de Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt. Nos EUA por volta de 1873, Anna Eliot Ticknon funda a “Society to Encourage Study at home” e na Pennsylvania, Thomas J. Foster cria um curso sobre medidas de segurança no trabalho de mineração (International Correspondence Institute). No mesmo ano de 1891, a Universidade de Wisconsin passa a ofertar, em nível de extensão, cursos pelo correio. (SARAIVA, p.18). No início do século, mais precisamente no final da Primeira Guerra Mundial, houve procura muito grande por escolarização na Europa Ocidental, tendo em vista a falência dos Estados nacionais, a falta de Segundo recursos e a dispersão espacial dos demandantes, o que impulsionou a necessidade da institucionalização de um ensino a distância. (p.37) a URSS em 1922 criava um sistema de ensino por correspondência para assegurar a formação dos trabalhadores que, em dois anos, atendeu em torno de trezentos e cinqüenta mil estudantes.

Até a Segunda Guerra Mundial várias experiências foram adotadas, desenvolvendo-se melhor as metodologias aplicadas ao ensino por correspondência que, depois, foram fortemente influenciadas pela introdução de novos meios de comunicação de massa, sobretudo o rádio (...) (NUNES, s/d, p 7). Você encontrará no capítulo I do livro de Garcia Aretio “La Educacion a Distancia e la UNED”, um resumo cronológico dos principais eventos que fizeram os primórdios do ensino a distância no mundo e, no capítulo X, uma lista das mais destacadas organizações e redes internacionais que se dedicam á modalidade da educação à distância.

3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

Nos últimos dez anos assistimos a uma dramática e intensa internacionalização da economia, da comunidade e de informações que atividades. inovações constantes têm ocasionado repercussões definitivas no progresso científico e tecnológico, sem contudo dar conta da problemática da sociedade, cada vez mais desigual. Uma das questões presentes nas discussões é o novo tipo de associação entre ensino, educação e aprendizagem: emerge daí uma dubiedade de conceitos entre formar e informar, treinar, educar, ensinar e aprender, fato este que amplia a responsabilidade dos docentes nas instituições educativas em seus diferentes níveis (DEMO 1998). Freqüentemente Ensino a Distância e Educação a Distância são utilizados como sinônimos, no contexto do processo de aprendizagem.

Ensino e educação são sinônimos? Tente diferenciar.

Segundo Maroto (1995), enquanto ensino expressa treinamento, instrução, transmissão de informações etc. a educação é estratégia básica de formação humana, isto é, aprender a aprender, criar, inovar, construir conhecimento, participar etc. É importante termos claro que concepção filosófico-política de educação vamos adotar na organização, planejamento e desenvolvimento de projetos educativos na modalidade de educação a distância. Antes de explicitarmos algumas concepções (definições) de Educação a Distância (EAD), é necessário conceber com clareza o fenômeno educativo. Luckes (1990), trabalha com três vertentes filosófico-políticas de educação. A primeira “vertente” é chamada de concepção redentora, porque a compreende Como manifestação social que objetiva formar a personalidade dos indivíduos, desenvolver suas habilidades e inculcar valores éticos julgados necessários à manutenção da vida em sociedade.

A educação deverá promover a adaptação do indivíduo a uma sociedade entendida como organicamente harmoniosa, reforçando os laços entre os indivíduos, promovendo a coesão social e a integração de todos (Idem, p.38).
Esta concepção de educação acredita no “poder” absoluto para interferir nos destinos da sociedade, curando-a, redimindo-a etc. É otimista em relação à determinação da educação sobre o conjunto da sociedade, não percebe nem compreende criticamente o fenômeno educativo (p.49).

A interpretação ou compreensão da educação como da sociedade implica entendê-la como elemento da própria sociedade, determinada por seus condicionantes econômicos, sociais e políticos, portanto a serviço dessa mesma sociedade e de seus determinantes. Ela é denominada reprodutivista, porque, embora seja crítica, no sentido de situar a educação (escolar ou não escolar) como um fenômeno histórico-social e, portanto, fruto de condições políticas, econômicas e culturais, diz que ela reproduz cultural e ideologicamente as condições materiais e espirituais de uma dada sociedade. Trocando em miúdos, a educação não é percebida enquanto práxis contraditória e nas suas possibilidades de contribuir para a transformação social. Ela apenas reproduz e perpetua as condições sociais.